Por Fernanda Trespach dos Santos – CRN2 1184
Temas relacionados à nutrição e à alimentação saudável estão fortemente presentes hoje nas mídias sociais e nos mais diversos canais de comunicação. De blogs a programas de televisão, canais no youtube e perfis no Instagram levando muita informação vaga e sem fundamentação à população, ditando tendências de consumo e de comportamento, recomendando suplementos e dietas milagrosas para perda de peso ou ganho de massa magra.
Somados à isso, abordagens limitadas e dicotômicas do comer “saudável ou não saudável” e de alimentos “bons ou ruins”, bem como a utilização de termos como “dia do lixo” como recompensa ao seguimento de dietas restritivas e padronizadas ainda são padrões comuns na prática clínica. Abordagens que muitas vezes não se enquadram ao perfil e rotina individuais de cada paciente, dificultando o seguimento a longo prazo, causando frustração e desistência nos tratamentos nutricionais e fazendo com que os índices de doenças crônicas, transtornos alimentares, sobrepeso e obesidade sigam aumentando a cada dia.
É nesse contexto que entra a Nutrição Comportamental. Com uma abordagem mais ampla, leva em consideração aspectos fisiológicos, sociais e emocionais da alimentação: as crenças, os pensamentos, os sentimentos e a forma de se relacionar com a comida de cada pessoa individualmente – aspectos tão ou mais importantes quanto o teor de nutrientes e os alimentos consumidos. Um prática inovadora fundamentada em estratégias de aconselhamento nutricional que possibilitam uma mudança eficaz e consistente do comportamento alimentar.